Nos dias atuais o mundo gira em torno do capitalismo desenfreado, no consumismo exacerbado, na combustão de toneladas de lixo eletrônico sendo jogadas fora a cada hora que surge um novo produto. Mas eis a questão, esses produtos tem data programada para estragar e ser depositado como inválido, para que outro aparelho novo, mais moderno, e consequentemente com um valor mais elevado seja colocado em seu lugar?
Para responder essa questão, recorro ao início do capitalismo, o homem com toda a sua inteligência criou máquinas, ferramentas que o levaram ao poder e a abrir um vasto território de negócios, onde o dinheiro muitas vezes é paralelo ao conceito de felicidade. Mas o mercado hoje vive em constante movimento, a cada momento é um novo produto que surge para instigar e impulsionar o consumidor a adquirir o mesmo. Mas o que fazer com o antigo, quando este já não chama mais a atenção? É necessário realmente trocar seu produto, porque no momento surgiu um com melhor qualidade? Penso que se a sociedade continuar agindo e pensando desta forma daqui a alguns anos estaremos convivendo em meio a um lixão tecnológico. É hipocrisia pensar que sua TV deve ser trocada no momento porque surgiu uma melhor, amanhã com certeza irá surgir outra com uma tecnologia muito mais avançada, e ai o que você irá fazer com as suas outras duas TVs que não servem mais?
As grandes indústrias, hoje em dia, utilizam de vastos recursos para estimular o consumo, mas cabe ao consumidor prestar muita atenção no produto adquirido, repensar conceitos e necessidade que o mesmo lhe traga. Pensar na durabilidade do produto, na projeção, nos recursos que foram utilizados para a construção do mesmo devem ser pensados, papel que um designer com toda certeza deve exercer. Afinal, se desejamos um mundo com qualidade de vida e sem desigualdade social, vários conceitos tem que serem repensados, caso contrário, amanhã jogados em sua calçada terá um celular antigo, e não uma casca de laranja.
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